terça-feira, 15 de setembro de 2009

Janela


janela

substantivo feminino

1. abertura na parede de um edifício, acima do pavimento, para deixar entrar o ar e a luz;
2. caixilho móvel, envidraçado, que serve para tapar essa abertura;
3. abertura semelhante a essa, coberta com vidraça móvel ou fixa, existente em automóveis, aviões, comboios, etc;
4. abertura por onde se faz uma ligação, se estabelece uma comunicação ou que serve para ver para
o outro lado...

...

sábado, 16 de maio de 2009

24 horas passadas...

...O nosso Gato Leitor abandonou involuntariamente o banco de jardim.

As mãos que o levaram têm seguramente muito que aprender.

Durante o dia, pela noite...





Um Gato Leitor

Um gato vestido, de calças e camisa, procura confundir-se com os locais.

Sentado, a LER, num banco de jardim, que ladeia a rotunda das ovelhas, o gato foi companheiro dos habituais fruidores deste espaço. Homens da terra que aqui conversam e passam os seus dias em tertúlia, espantado os males do espírito e gozando o sol para bem do corpo.
O Gato Leitor é uma instalação que nos conduz a um universo infantil, das histórias e dos bichos de encantam miúdos e graúdos.

Um gato


Mãos
















Com mãos se faz a paz se faz a guerra.
Com mãos tudo se faz e se desfaz.
Com mãos se faz o poema – e são de terra.
Com mãos se faz a guerra – e são a paz.

Com mãos se rasga o mar. Com mãos se lavra.
Não são de pedras estas casas mas
de mãos. E estão no fruto e na palavra
as mãos que são o canto e são as armas.

E cravam-se no Tempo como farpas
as mãos que vês nas coisas transformadas.
Folhas que vão no vento: verdes harpas.

De mãos é cada flor cada cidade.
Ninguém pode vencer estas espadas:
nas tuas mãos começa a liberdade.

Manuel Alegre


sábado, 25 de abril de 2009

2009 Ano Internacional das Fibras Naturais


A Assembleia-Geral das Nações Unidas, declarou, 2009 Ano Internacional das Fibras Naturais com o intuito de “Sensibilizar e estimular a procura de fibras naturais; Encorajar respostas políticas adequadas por parte dos governos para os problemas enfrentados pelas indústrias de fibras naturais; Promover uma efectiva e duradoura parceria internacional entre as diversas indústrias de fibras naturais; Promover a eficiência e sustentabilidade das indústrias de fibras naturais”
O movimento A Terra Mexe, associou-se a esta iniciativa promovendo uma instalação intitulada “Lã”.
“Lã” é uma evocação a esta fibra natural, à importância social e económica que desempenhou no passado da região, mas também, chamando a atenção à sua manutenção como agente de uma economia e ambiente sustentáveis.

A Ovelha Campaniça


Foram as fibras naturais que primeiro nos vestiram. Resgatadas a plantas e animais, as fibras naturais, foram durante séculos a matéria-prima que alimentou teares, estabeleceu usos, costumes e ditou modas.

No Campo Branco, a ovelha Campaniça contribuiu com a lã que se constituiu como o mais importante símbolo desse legado de fibras na região. Lembremo-nos que as velhas mantas e colchões, confeccionados com esta lã, que aqueciam nas noites de antanho.

A ovelha Campaniça é uma raça autóctone que preserva a rusticidade da sua génese, e que se adapta aos rigores do clima e se alimenta nos pastos dos solos pobres da região.

Nos concelhos de Castro Verde, Mértola, Almodôvar, Ourique mas também na Serra Algarvia ainda encontramos quem continue a apostar na preservação da Campaniça, mantendo a tradição deste ícone da nossa paisagem.

Tosquia - Ovelha Campaniça


Temporariamente as ovelhas do Escultor António Trindade, recebem uma nova roupagem, a pedra fria recebeu a lã quente das ovelhas Campaniças numa homenagem à lã de um dos maiores ícones da planície.

Lã cedida pela: Casa Agrícola de António Francisco Colaço.
Tosquiador: Ricardo Filipe Lança.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

O PADRINHO DO AVELINO


Este é o meu 1º contributo ao projecto "a terra mexe", não tem explicações filosóficas, cheias de intenção, muito menos a pretenção de educar e mudar a precepção humana para as artes visuais (tretas), fi-lo apenas e só, porque posso. Esta saudavél e inspiradora liberdade de ter um desejo e executá-lo, tão bom, não é? Não, as cuecas encarnadas ás bolas, não trazem subjacente nenhuma mensagem oculta cheia de significado. Afinal é apenas um trapezista de cuecas.

E foi no local escolhido para pôr o AVELINO, que o próprio foi batizado. Este senhor, juntou-se aos demais a partilhar recordações com mais de 20 anos, recordações que apesar de separados pelas gerações e da distância geográfica a que nos encontravamos (*), partilhamos. Ainda por cima uma lembrança que me é tão querida, os Avelinos. Familia de tapezistas e corajosos homens e mulheres do arame, sem rede, itenerantes, que apresentavam umas arrojadas e arrepiantes idas e vindas num cabo a uma distância absurda do solo de terra batida, expostos a todas as as condições climáticas, longe do conforto das salas de espetáculo ou das divertidas e acolhedoras tendas de circo, a troco daquilo que a assistência podia ou achava que mereciam receber, e este pagamento, tanto quanto me lembro, cabía todo num pequeno chapéu que circulava entre as gentes de pescoço dolorido de observar a geitosa Paulina, os grandes, talentosos e mais uma vez, corajosos, AVELINOS.
Pois que assim seja, que este trabalho que aqui apresento fique em jeito de homenagem, a um elo que sem que soubesse me ligou à terra que escolhi como minha. A terra que não me viu começar a "mexer", mas que sem dúvida me garantiu a liberdade para o fazer. E a terra mexe...

*(nasci e vivi em Setúbal até aos 18, altura em que tive a muito feliz ideia de me mudar para cá.)

APRECIAR A SACUDIDELA


OPERAÇÂO "PÔR A MEXER"


O AVELINO


A terra começou oficialmente a mexer ás 14.45h do dia 23 de Abril.
Esta foi a minha sacudidela...

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Manifesto

Se ao deambular por uma artéria insuspeita de Castro Verde e encontrar uma fachada de traça antiga, ou ao longe vislumbrar no horizonte um campo verde pontuado por sobreiros confirma-se que está numa das mais bonitas vilas alentejanas.
Mas se, se cruzar com uma instalação artística cuja fragilidade a faria estar dentro de portas, então a TERRA MEXE!

Este é um projecto de Artistas, Artesãos e Afins de Castro Verde. Um movimento de criações e criadores que rompem com a pacatez desta Vila de casario branco, mexendo com as gentes, gerando interrogações, transformando-se em tema de conversas de esquina, a Terra Mexe.