1. abertura na parede de um edifício, acima do pavimento, para deixar entrar o ar e a luz; 2. caixilho móvel, envidraçado, que serve para tapar essa abertura; 3. abertura semelhante a essa, coberta com vidraça móvel ou fixa, existente em automóveis, aviões, comboios, etc; 4. abertura por onde se faz uma ligação, se estabelece uma comunicação ou que serve para ver para o outro lado...
Um gato vestido, de calças e camisa, procura confundir-se com os locais.
Sentado, a LER, num banco de jardim, que ladeia a rotunda das ovelhas, o gato foi companheiro dos habituais fruidores deste espaço. Homens da terra que aqui conversam e passam os seus dias em tertúlia, espantado os males do espírito e gozando o sol para bem do corpo.
O Gato Leitor é uma instalação que nos conduz a um universo infantil, das histórias e dos bichos de encantam miúdos e graúdos.
Com mãos se faz a paz se faz a guerra. Com mãos tudo se faz e se desfaz. Com mãos se faz o poema – e são de terra. Com mãos se faz a guerra – e são a paz.
Com mãos se rasga o mar. Com mãos se lavra. Não são de pedras estas casas mas de mãos. E estão no fruto e na palavra as mãos que são o canto e são as armas.
E cravam-se no Tempo como farpas as mãos que vês nas coisas transformadas. Folhas que vão no vento: verdes harpas.
De mãos é cada flor cada cidade. Ninguém pode vencer estas espadas: nas tuas mãos começa a liberdade.
A Assembleia-Geral das Nações Unidas, declarou, 2009 Ano Internacional das Fibras Naturais com o intuito de “Sensibilizar e estimular a procura de fibras naturais; Encorajar respostas políticas adequadas por parte dos governos para os problemas enfrentados pelas indústrias de fibras naturais; Promover uma efectiva e duradoura parceria internacional entre as diversas indústrias de fibras naturais; Promover a eficiência e sustentabilidade das indústrias de fibras naturais” O movimento A Terra Mexe, associou-se a esta iniciativa promovendo uma instalação intitulada “Lã”. “Lã” é uma evocação a esta fibra natural, à importância social e económica que desempenhou no passado da região, mas também, chamando a atenção à sua manutenção como agente de uma economia e ambiente sustentáveis.
Foram as fibras naturais que primeiro nos vestiram. Resgatadas a plantas e animais, as fibras naturais, foram durante séculos a matéria-prima que alimentou teares, estabeleceu usos, costumes e ditou modas.
No Campo Branco, a ovelha Campaniça contribuiu com a lã que se constituiu como o mais importante símbolo desse legado de fibras na região. Lembremo-nos que as velhas mantas e colchões, confeccionados com esta lã, que aqueciam nas noites de antanho.
A ovelha Campaniça é uma raça autóctone que preserva a rusticidade da sua génese, e que se adapta aos rigores do clima e se alimenta nos pastos dos solos pobres da região.
Nos concelhos de Castro Verde, Mértola, Almodôvar, Ourique mas também na Serra Algarvia ainda encontramos quem continue a apostar na preservação da Campaniça, mantendo a tradição deste ícone da nossa paisagem.
Temporariamente as ovelhas do Escultor António Trindade, recebem uma nova roupagem, a pedra fria recebeu a lã quente das ovelhas Campaniças numa homenagem à lã de um dos maiores ícones da planície.
Lã cedida pela: Casa Agrícola de António Francisco Colaço. Tosquiador: Ricardo Filipe Lança.
Este é o meu 1º contributo ao projecto "a terra mexe", não tem explicações filosóficas, cheias de intenção, muito menos a pretenção de educar e mudar a precepção humana para as artes visuais (tretas), fi-lo apenas e só, porque posso. Esta saudavél e inspiradora liberdade de ter um desejo e executá-lo, tão bom, não é? Não, as cuecas encarnadas ás bolas, não trazem subjacente nenhuma mensagem oculta cheia de significado. Afinal é apenas um trapezista de cuecas.
E foi no local escolhido para pôr o AVELINO, que o próprio foi batizado. Este senhor, juntou-se aos demais a partilhar recordações com mais de 20 anos, recordações que apesar de separados pelas gerações e da distância geográfica a que nos encontravamos (*), partilhamos. Ainda por cima uma lembrança que me é tão querida, os Avelinos. Familia de tapezistas e corajosos homens e mulheres do arame, sem rede, itenerantes, que apresentavam umas arrojadas e arrepiantes idas e vindas num cabo a uma distância absurda do solo de terra batida, expostos a todas as as condições climáticas, longe do conforto das salas de espetáculo ou das divertidas e acolhedoras tendas de circo, a troco daquilo que a assistência podia ou achava que mereciam receber, e este pagamento, tanto quanto me lembro, cabía todo num pequeno chapéu que circulava entre as gentes de pescoço dolorido de observar a geitosa Paulina, os grandes, talentosos e mais uma vez, corajosos, AVELINOS. Pois que assim seja, que este trabalho que aqui apresento fique em jeito de homenagem, a um elo que sem que soubesse me ligou à terra que escolhi como minha. A terra que não me viu começar a "mexer", mas que sem dúvida me garantiu a liberdade para o fazer. E a terra mexe...
*(nasci e vivi em Setúbal até aos 18, altura em que tive a muito feliz ideia de me mudar para cá.)
Se ao deambular por uma artéria insuspeita de Castro Verde e encontrar uma fachada de traça antiga, ou ao longe vislumbrar no horizonte um campo verde pontuado por sobreiros confirma-se que está numa das mais bonitas vilas alentejanas. Mas se, se cruzar com uma instalação artística cuja fragilidade a faria estar dentro de portas, então a TERRA MEXE!
Este é um projecto de Artistas, Artesãos e Afins de Castro Verde. Um movimento de criações e criadores que rompem com a pacatez desta Vila de casario branco, mexendo com as gentes, gerando interrogações, transformando-se em tema de conversas de esquina, a Terra Mexe.
Se ao deambular por uma artéria insuspeita de Castro Verde encontrar uma fachada de traça antiga, ou ao longe vislumbrar ao horizonte um campo verde pontuado por sobreiros confirma-se que está numa das mais bonitas vilas alentejanas.
Mas se, se cruzar com uma instalação artística cuja fragilidade a faria estar dentro de portas, então a TERRA MEXE!
Este é um projecto de Artistas, Artesãos e Afins de Castro Verde, um movimento de criações e criadores que rompem com a pacatez desta Vila de casario branco, mexendo com as gentes, gerando interrogações, transformando-se em tema de conversas de esquinas, a Terra Mexe.